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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Animais - Empatia - Alcateia salva urso bebé

Na primavera de 1950, no coração sombrio das florestas de Carélia, um jovem fotógrafo de vida selvagem capturou uma imagem que parecia um epitáfio: um filhote de urso, de olhos arregalados e corpo trêmulo, aninhado junto ao cadáver da mãe, morta por um carro que cruzara a estrada da floresta. O pequeno permaneceu ali, em vigília silenciosa, até que, vencido pelo instinto, desapareceu entre as árvores. Para os pesquisadores que analisaram a fotografia, o destino estava escrito. Um filhote tão jovem, incapaz de caçar ou proteger-se, raramente sobrevivia à selva implacável do norte. A imagem foi arquivada como um registro trágico da crueldade do acaso. Mas a natureza, como tantas vezes, guardava um segredo. Dez anos depois, em 1960, a mesma equipa de pesquisa regressou à região. Seguindo os rastros de lobos, depararam-se com uma visão impossível: numa clareira, três lobos mantinham-se em alerta, e logo atrás deles, erguia-se um urso colossal. O que surpreendia não era a presença, mas a harmonia — não havia hostilidade nem tensão. Moviam-se como um só corpo, respiravam como uma alcateia. O urso avançou para a luz, e ali, no contorno da sua orelha esquerda, um entalhe familiar brilhou: a cicatriz do filhote órfão de 1950. Contra todas as probabilidades, ele sobrevivera — não sozinho, mas acolhido pelos lobos. Criado por eles, caçou, partilhou, tornou-se um deles. Diante dos olhos incrédulos da equipa, estava uma lenda viva: a prova de que, na selva, a verdadeira família não é sempre o sangue que corre nas veias, mas o vínculo forjado pela lealdade e pela sobrevivência. https://www.facebook.com/photo/?fbid=801132799154393&set=a.259823479951997

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