Mundo da Informação

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CRISE DECO abriu 1015 processos de ajuda a famílias para reequilibrar contas


Futuro avizinha-se pior

As famílias com rendimentos médios de 1500 euros e aproximadamente cinco empréstimos
representam a maioria dos que pedem ajuda. No entanto, 5,5% dos casos tinham mais de 10 créditos. O futuro não parece ser melhor, sendo que a especialista acredita que o incumprimento deve agravar-se porque as famílias estão a ser confrontadas com o aumento do preço dos bens, com cortes salariais e ainda com o aumento das taxas Euribor.

Bancos recusam crédito

A piorar o cenário e num momento em que o País precisa de 15 mil milhões de euros para aguentar até ao Verão, os bancos nacionais decidiram cortar o crédito ao Estado.
Apesar de a despesa do Governo ter sido reduzida em 3,7% em Março, a ajuda externa é cada vez mais tida como inevitável por vários economistas. Segundo o conselheiro de Estado Bagão Félix, Portugal está mesmo «numa situação limite».

Aumentam em 22% as famílias com dívidas


Os 183 novos processos, num total de 1015, representam mais dois processos por dia em relação ao ano passado, num total de 11 casos por dia, e com a tendência de subida a registar-se desde 2008. O desemprego (29,8%) e a deterioração das condições laborais (21%) são as principais causas do agravamento das condições financeiras destas famílias, que recorreram aos serviços da DECO, acrescenta
à Lusa a responsável pelo gabinete, Natália Nunes.
Mais de quatro mil pessoas recorreram ao Gabinete de Apoio ao Sobreendividado da DECO com pedidos
de ajuda para fazer face às dívidas, só nos primeiros três meses do ano. Deste total foram abertos 1015 processos, mais 22% do número registado no mesmo período de 2010, sendo que os restantes já não tinham viabilidade para o reequilíbrio das contas ou já tinham seguido para tribunal.

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