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sábado, 27 de julho de 2024

Estamos a formar alunos para a delinquência?

https://sol.sapo.pt/2024/03/31/antonio-carlos-cortez-estamos-a-formar-alunos-para-a-delinquencia/?fbclid=IwY2xjawEQsf1leHRuA2FlbQIxMQABHWg6GhMDjfgHHi0aVxTj-Omb4tG3qP3dNIZEjh3yfWnogJZjxMkAfHtu6A_aem_Nf_cofZ-4tpUFXIMHooP5A 


Para a delinquência sim, no sentido em que crescem a achar (acreditar) que têm direito a tudo sem qualquer esforço, porque as consequências para comportamentos inaceitáveis em sociedade chegam tarde e ficam muito aquém do justo, quando chegam a acontecer, as atitudes inaceitáveis são frequentemente toleradas e ignoradas para evitar um monte de burocracia inútil, pois as queixas são superiormente desvalorizadas e as medidas disciplinares mais duras são vetadas, manietando as próprias direções das escolas, procura-se todo o tipo de pormenores para descredibilizar os processos disciplinares levantados contra os alunos. Os pais e os alunos não são responsabilizados pelo vandalismo dos bens públicos, quando cadeiras e mesas são destruídas, paredes são riscadas com obscenidades, pessoal docente e não-docente é insultado, ameaçado ou vê os seus bens roubados ou vandalizados, como acontece com as viaturas particulares. Por isso sim, não diria a escola, mas a sociedade, está a criar delinquentes. E a patrocinar financeiramente todo esse processo com os impostos de quem cumpre com todas as regras e obrigações. Não, não sou apoiante do Chega nem nunca serei. Mas esta é a verdade e urge mudar o estado das coisas, se queremos reverter este processo enquanto é tempo. E, na escola, há muito que o ênfase devia ser dado aos bons alunos e não esgotar todos os recursos e verbas a tentar "forçar círculos a encaixar em quadrados". Quem se recusa a estudar para aprender o currículo regular, deveria ter a oportunidade de aprender uma profissão, mas sem a carga teórica dos atuais CEF, que são um hibridismo pouco útil, apenas vão empurrando os alunos para o ano de escolaridade seguinte, sem o travão dos exames do 9o ano, mas verdadeiros cursos profissionalizantes, que permitissem aos alunos aprender com rigor uma profissão, através da prática, através de horas de estágio supervisionadas em todos os anos e de horas de formação técnica ministradas por quem domina o assunto, e não por professores pau-para-toda-a-colher. Se há falta de professores e se a solução vai passar por recrutar professores na sociedade civil sem formação pedagógica, então era neste sentido que se deveria caminhar. Em sociedade faz tanta falta um canalizador como um dentista. E convenhamos que, se formos comparar vencimentos à hora, em Portugal, não faltam exemplos de como não compensa ir para a faculdade (em muitos cursos). Por isso... esta é a minha honesta opinião.


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