Mundo da Informação

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

IDH - Indicadores

Desenvolvido pelo economista paquistanês Mahbud Ul Haq, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento desde o ano de 1993; este índice utiliza certos critérios de avaliação (renda, longevidade e educação) para medir o desenvolvimento humano em 177 países, podendo ser utilizado também, observando-se as modificações para adequá-lo a núcleos sociais menores.
O IDH varia de 0 a 1, sendo considerados de baixo desenvolvimento os países que atingem menos de 0,499 pontos, de médio desenvolvimento os que possuem notas de 0,500 até 0,799, e de alto desenvolvimento os países que atingem pontuação superior a 0,800.
No critério educação, considera-se a taxa de alfabetização e a taxa de matrícula; no critério longevidade considera-se a expectativa de vida ao nascer; e no critério renda considera-se o PIB per capita (PIB total dividido pelo número de habitantes do país) medido em dólares.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Opinião

A racionalidade económica e o problema dos refugiados

Usar a racionalidade económica para o problema dos refugiados tem de ser convincente, não apenas na aparência da ideia, mas na sua substância.
1. Não há quaisquer dúvidas de que nem a Convenção de Genebra de 1951 relativa ao estatuto dos refugiados, nem o Protocolo Adicional à Convenção de 1967, não foram feitos a pensar no possível valor económico dos refugiados. O seu objectivo assumido é proteger Direitos Humanos.
No preâmbulo da Convenção de Genebra de 1951 há uma referência explícita àqueles que “receando, com razão serem perseguidos em virtude da sua raça, religião, nacionalidade”. Os critérios económicos estão naturalmente excluídos, pois a ideia é permitir o acolhimento de pessoas por razões humanitárias independentemente do seu valor económico, empresarial ou demográfico. Para os Estados signatários da Convenção, isso implica uma atitude não discriminatória face à nacionalidade, à etnia, à religião, etc., recebendo os refugiados enquanto persistirem as razões do asilo. Se para o Estado que efectuam o acolhimento, individual ou de pequenos grupos — o que era a ideia original subjacente a este regime de protecção internacional —, o problema dos custos não é relevante, já para fluxos de massa este adquire outros contornos. Seja por razões financeiras, de segurança, culturais, de preconceitos, ou outras, constata-se hoje uma resistência significativa de vários Estados — e de parte da população, especialmente no Centro e Leste da Europa —, a receber números de refugiados com alguma dimensão no seu território.
A reunião extraordinária do Conselho da União Europeia de 22/09/2015 mostrou bem as divisões na aprovação de um sistema obrigatório para recolocação de 120.000 refugiados. A decisão enfrentou a oposição frontal da Hungria, República Checa, Roménia e Eslováquia e resistências, em graus variados, de outros Estados-membros. (Ver BBC, 22/09/2015 “Migrant crisis: Opponents furious over new EU quotas”). De forma algo inédita, foram feitas declarações públicas de líderes europeus sugerindo o não acatamento dessa decisão do Conselho: o PM da Eslováquia disse “preferir romper com a medida do que aceitar o diktat da maioria”, numa alusão ao papel da Alemanha nessa imposição. A Europa do ressentimento criada pela crise do Euro, alastra agora com a crise dos refugiados.
2. Em paralelo com estas profundas divisões e antagonismos políticos, várias vozes têm procurado dar uma racionalidade económica e demográfica ao problema dos refugiados. O seu intuito é demonstrar as vantagens económicas desse acolhimento aos europeus renitentes. Vejamos alguns exemplos recentes e os seus argumentos concretos. O vice-governador do BCE, Vítor Constâncio, numa entrevista divulgada pela Reuters, afirmou existir um “problema grave porque durante anos a Europa tem cometido uma espécie de suicídio demográfico colectivo”. Fez também notar que “para alterar a tendência demográfica, promover os nascimentos não é suficiente. Tem de ser feito através da imigração. Se não for, estamos a criar uma grande dificuldade ao crescimento e ao Estado social das futuras gerações”, acrescentou este. (in Diário Económico 16/09/2015).
O mesmo assunto foi objecto de análise pelo economista Luís Aguiar-Conraria. Em entrevista ao semanário Sol, e respondendo à pergunta se o regresso dos jovens que emigraram seria suficiente para a economia crescer mais, afirmou o seguinte: “Não. Mesmo que todos regressem, continuaremos a ter poucos jovens. [...] Temos de ter mais imigração. De um ponto de vista estritamente egoísta, todos estes refugiados a baterem-nos à porta são uma excelente oportunidade. Portugal teria muito mais a ganhar do que a Alemanha com a vinda de alguns milhares de refugiados. Mas não, a Alemanha é que vai aproveitar a oportunidade. É dos casos em que sermos solidários é compatível com sermos egoístas. É uma pena se não aproveitamos” (in Sol, 18/09/2015, pp. 66-67).
Mas as vantagens económicas e demográficas não são apenas focadas por economistas. Numa análise política sobre a questão dos refugiados e das divisões europeias para lidar com o problema, Teresa de Sousa escrevia (“Regressam as fronteiras” in Público 20/09/2015): “ a demografia é uma das maiores ameaças à Europa, se quer continuar a contar no mundo. Combater a fraca natalidade tem dado resultados muito escassos. Integrar imigrantes dará resultados muito mais depressa. É o que pensam os empresários alemães. […] A integração de gente de fora é a melhor saída para o crescimento económico e a sustentabilidade do Estado social. Os serviços públicos podem estar sob imensa pressão, mas os imigrantes (e refugiados) vêm para trabalhar porque querem uma oportunidade na vida, o que significa que vão contribuir para o financiamento do welfare.”

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Para ter atenção

O Alcorão fala sobre isso na Sura 8:60 "Mobilizai tudo quando dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar (tur'hibūna = aterrorizar), com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidarem ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece. Tudo quanto investirdes na causa de Deus, ser-vos á retribuído e não sereis defraudados."


Azan n. 1 - O chamado para a Jihad
A rodovia para o Califado
Escape da prisão: Adanan Rasheed
A cadeia de Drone
Mais uma razão para nos levantarmos  - Terceira guerra mundial e o Dajjal (anticristo)



Inspiração n. 1 -
Que nossas almas sejam sacrificadas por voce (Mohamed)! (Sheik Anwar Al Awlaki)
Entrevista exclusiva com Sheik Abu Basir
Faça uma bomba na cozinha da sua mae (O Al Qaeda Chef)Asrar Al-Mujhaideen 101 - Terrorista
O Oeste deveria banir o face real da cobertura do Niqab - Yahia Ibrahim 
O Alcorão novamente fala sobre INSPIRAR ou ESTIMULAR os muçulmanos ao combate. Todo este ensino sai diretamente da Sura 8:65 "Ó Profeta, estimula os fiéis ao combate. Se entre vós houvesse vinte perseverantes, venceriam duzentos, e se houvessem cem, venceriam mil do incrédulos, porque estes são insensatos."
   
Se a PF ou a ABIN me contatar eu darei o endereço para o acesso a todas estas revistas. Se eu colocar o endereço aqui possivelmente muitos “terrorist-to-be” se beneficiarão dos seus ensinos. Talvez a ABIN deveria monitorar quem faz o download desta revista e começar a investigar estes “projetos de terroristas”.

Pano de fundo para o uso da Bandeira Negra

A PF e a ABIN não deve saber que o USO da bandeira negra e o NOME Khurasan ou Khorasan esta relacionado a uma “suposta” profecia de Mohamed para o fim do mundo. Por esta razão grupos como a Al Qaeda, Al Shabab, Taliban etc estão sempre falando sobre o Dajjal (o Anticristo) e a vinda do Mahdi quem ira ser o NOVO Califa mundial. 

Esta Hadith foi relatada por al-Hâkim (8572) e Ahmad (22387): “Se você ver as bandeiras negras vindo da direção de Khurasân, então va ate eles, mesmo se você tiver que rastejar, porque entre eles estará o Mahdi, o Califa de Allah.” http://en.islamtoday.net/node/1177


Alguns teólogos rejeitam esta tradição, mas podemos observar que ZAID ACREDITA. Esta profecia  é o MOTOR do movimento jihadista (terrorista) da modernidade. 

Uma outra tradição sobre o fim do mundo tem a ver com os judeus: 


A coleção de Hadith de Sahih Muslim numero 6985, traz varias informações importantes sobre o assunto:

“Abu Huraira disse que o Mensageiro de Allah (paz seja sobre ele) disse: Aultima hora (Juízo final) não chegara ate que os Muçulmanos lutem contra os Judeus e os Muçulmanos os matarão, ate ao ponto que os Judeus se esconderão atrás de uma rocha ou de uma arvore, e a rocha ou a arvore dirá: ‘Muçulmanos, ou servos de Allah, tem um Judeu atrás de mim; venha e o mate’; Mas a arvore Gharqad não dirá isso, porque ela é uma arvore dos Judeus.”

Primeiro, esta tradição acima é a maior garantia e a maior motivação do Hamas e todos as organizações terroristas que um dia eles irão erradicar os judeus de Israel. Se Allah prometeu quem sao eles para duvidar?

Ou seja, quando os muçulmanos observarem a “bandeira negra” vindo da direção de Khorasan (Afeganistão), eles saberão que esta na hora de se juntar ao exercito de Allah para uma Jihad mundial, para a terceira e ultima guerra, onde o mundo se rendera ao Islam e os judeus serão exterminados.

Estes grupos terroristas se auto denominam aqueles que irão cumprir, realizar a profecia de Mohamed. 



http://rafik-rafikresponde.blogspot.com.br/2014/07/al-qaeda-no-brasil.html

Monumentos destruídos pelo Estado Islâmico


http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/09/estes-sao-os-monumentos-que-o-estado-islamico-ja-destruiu.html

Sharia no Reino Unido

  • O relatório mostra como a crescente influência da lei da Sharia na Grã-Bretanha de hoje está debilitando o princípio fundamental de que deve haver igualdade para todos os cidadãos britânicos sob a única lei do país.
  • "Eu me sinto traída pela Grã-Bretanha. Eu vim para cá para fugir disso e vejo que a situação aqui é pior do que a do país que eu fugi". — Mulher muçulmana entrevistada para o relatório.
  • O relatório conclui exortando o governo britânico a lançar uma sindicância dirigida por um juiz para "determinar até que ponto os princípios discriminatórios da lei da Sharia estão sendo aplicados no Reino Unido".
  • "A resposta do governo será o teste decisivo para determinar até que ponto ele, genuinamente, sustenta o princípio da igualdade diante da lei ou se está tão dominado pelo medo de ofender que continuará permitindo que essas mulheres sofram de tal forma que fariam nossas sufragistas virarem em seus túmulos". — Baronesa Caroline Cox.
Mulheres muçulmanas por toda a Grã-Bretanha são sistematicamente oprimidas, sofrem maus-tratos além de serem discriminadas pelos tribunais que adotam a lei da Sharia, que tratam as mulheres como cidadãs de segunda classe, de acordo com um novo relatório que alerta para a escalada vertiginosa da proliferação de tribunais islâmicos no Reino Unido.
relatório de 40 páginas intitulado "Um mundo Paralelo: Confrontando o Abuso de Muitas Mulheres Muçulmanas na Grã-Bretanha de Hoje", foi escrito pela Baronesa Caroline Cox, membro independente, não ligada a partidos políticos da British House of Lords (Câmara dos Lordes Britânicos) e uma das principais defensoras dos direitos das mulheres no Reino Unido.
O relatório mostra como a crescente influência da lei da Sharia na Grã-Bretanha de hoje está debilitando o princípio fundamental de que deve haver igualdade para todos os cidadãos britânicos sob a única lei do país.
O Arbitration Act de 1996 permite que as partes cheguem a termo em determinadas demandas civis de acordo com os princípios da Sharia, de modo que a decisão possa ser aplicada pelos tribunais britânicos.
De acordo com o relatório, muitas entidades muçulmanas estão usando o Arbitration Act para sustentar a reivindicação de que elas podem tomar decisões legalmente compulsórias para com os membros da comunidade muçulmana, quando na realidade a lei limita o papel para a função de mediador no auxílio para alcançar um acordo. "O mediador não é um juiz nem um intermediário que tem o poder de impor decisões", segundo o relatório.
O relatório mostra como os tribunais da Sharia, em muitos casos, misturam os conceitos dearbitramento, segundo os quais os dois lados apresentam suas diferenças a um terceiro, mutuamente aceito, para que tome uma decisão, e a mediação, na qual as duas partes aceitam, de maneira voluntária, que um terceiro os ajude a chegar a um acordo aceitável para ambos os lados.
Fora tudo isso há o problema do "avanço da jurisdição", segundo a qual os tribunais da Sharia estão tomando decisões fora do contexto da arbitragem, como por exemplo decisões sobre casos envolvendo o direito penal, incluindo situações de violência doméstica e lesões corporais graves.

Haitham al-Haddad é um juiz do tribunal da Sharia na Grã-Bretanha, membro dos assessores do Conselho da Sharia Islâmica. Quanto à forma de tratar os casos de violência doméstica, ele declarou em uma entrevista "um homem não deve ser questionado quanto à motivação dele ter batido em sua mulher, porque se trata de uma questão entre o casal. Deixem-os em paz. Eles saberão como resolver suas diferenças". (imagem: captura de tela de vídeo do Channel 4 News)

Como resultado, as mulheres muçulmanas, que eventualmente não falam inglês e não conhecem seus direitos conforme a lei britânica, são muitas vezes pressionadas pela família a usarem os tribunais da Sharia. Esses tribunais frequentemente coagem as mulheres a assinarem um acordo que as obrigam a cumprir suas sentenças, impostas e consideradas julgamentos legais.
E tem mais "a recusa em resolver a questão em um foro da Sharia pode levar a ameaças e intimidações ou ser banida e taxada de infiel", de acordo com o relatório, que acrescenta:
"há uma preocupação em especial de que as mulheres sofrem pressão para que retirem as alegações de violência doméstica. Vários grupos de mulheres dizem relutar em apelar para as autoridades com respeito às mulheres que tiveram que fugir de casa para escaparem da violência, porque não podem confiar nos policiais que trabalham na comunidade, por temerem que eles as traiam e as famílias que as maltratam fiquem sabendo".
O relatório mostra que mesmo nos casos em que os tribunais muçulmanos trabalham "em conjunto" com as investigações da polícia, as mulheres que sofreram maus-tratos não raramente retiram as queixas, lembrando que os juízes da Sharia não punem os maridos.
Enquanto isso, a maioria dos tribunais da Sharia, ao lidarem com o divórcio, o fazem somente sob a ótica religiosa. Eles não podem conceder o divórcio civil, podem apenas conceder o divórcio religioso de acordo com a lei da Sharia.
Segundo o relatório, em muitos casos isso é o suficiente para um "divórcio", muitas mulheres muçulmanas que se identificam como "casadas" não são consideradas casadas legalmente pela lei britânica. Embora a nikah (cerimônia de casamento islâmico) possa ter ocorrido, se o casamento não tiver sido oficialmente registrado, não é válido perante a lei civil. O relatório declara:
"isso cria um problema muito grave: mulheres casadas nas cerimônias islâmicas e não oficialmente casadas conforme a lei britânica, podem estar em grande desvantagem por não estarem legalmente protegidas. Além disso, elas podem não ter ciência que seus casamentos não são oficialmente reconhecidos pela lei britânica".
Isso coloca as mulheres muçulmanas em uma situação particularmente precária, em termos legais, quando se trata de divórcio. Segundo o Islã o marido não tem que passar pelo mesmo processo que a esposa ao propor a talaq (divórcio islâmico). Ele tem que dizer meramente "eu te divorcio" três vezes, ao passo que a esposa tem que satisfazer várias condições e pagar uma taxa. O relatório cita mulheres que, ao falarem sobre seus próprios procedimentos datalaq, se referem à falta de proteção legal após descobrirem que sua nikah não constitui um casamento válido conforme a lei inglesa.
O relatório cita Kalsoom Bashir, ativista de longa data dos direitos das mulheres em Bristol, que fala ainda sobre o problema da poligamia. Ela salienta:
"estamos diante de uma crescente aceleração nos casos de poligamia nas famílias muçulmanas e novamente as mulheres envolvidas não estão em condições de enfrentar a situação nem usufruir de alguma forma de justiça. É difícil obter algum tipo de sustento já que os casamentos não são registrados legalmente. A poligamia é usada para controlar as primeiras esposas que são advertidas que se elas se tornarem um problema, o marido tem do direito islâmico de casar com outra mulher. Às vezes somente um dos casamentos é registrado, deixando a outra esposa sem nenhuma proteção legal".
De um modo geral o relatório inclui trechos de testemunhos de mais de doze mulheres muçulmanas que sofreram maus-tratos e discriminações nas mãos dos tribunais da Sharia na Grã-Bretanha. Uma delas desabafou: "Eu me sinto traída pela Grã-Bretanha. Eu vim para cá para fugir disso e vejo que a situação aqui é pior do que a do país que eu fugi".
O relatório conclui exortando o governo britânico a lançar uma sindicância dirigida por um juiz para "determinar até que ponto os princípios discriminatórios da lei da Sharia estão sendo aplicados no Reino Unido". O relatório também exorta o governo a apoiar a proposta de lei "Private Members" da Baronesa Cox, a Arbitration and Mediation Services (Equality) BillProjeto de Lei (Igualitário) de Serviço de Mediação e Arbitramento, que irá "criar uma nova forma de delito penal criminalizando aquele que pretender decidir judicialmente questões que devem ser decididas por tribunais criminais ou de família".
A Baronesa Cox originalmente introduziu o projeto de lei em 2011, mas acabou dando em nada devido à falta de apoio dos principais partidos. Ela apresentou novamente o projeto de lei em 2013 e em 2014, mas ele continua se arrastando, ao que tudo indica, porque os principais partidos temem acirrar os ânimos dos muçulmanos. Cox prometeu reapresentar o projeto de lei na próxima sessão do Parlamento, cujos membros serão eleitos em 7 de maio.
A lei tem como objetivo combater a discriminação, entre outras coisas, por meio da proibição dos tribunais da Sharia de: a) tratar com mais peso as informações apresentadas por um homem do que as apresentadas por uma mulher; b) ter como base a suposição de que a divisão do espólio entre crianças do sexo masculino e feminino deva ser diferente quando não há testamento; ou c) ter como base a suposição de que a mulher tem menos direitos à propriedade do que o homem.
A lei também irá obrigar os órgãos públicos a assegurarem que as mulheres em lares polígamos ou que já tiveram um casamento religioso, estejam cientes sobre sua condição legal e direitos legais relevantes segundo a lei britânica.
Em uma carta a Baronesa Cox esboçou que suas recomendações "não podem de maneira alguma remediar todos os problemas delicados envolvidos, mas que elas apresentam uma oportunidade importante de reparação". Ela acrescentou que o projeto de lei "já conta com forte apoio de todos os partidos políticos na Câmara dos Lordes bem como de grupos de mulheres muçulmanas e de organizações preocupadas com o sofrimento de mulheres vulneráveis".
Mas nada garante que o próximo governo concordará em apoiar o projeto de lei. Em 23 de março a Secretária do Interior Britânico Theresa May se comprometeu que no caso do Partido Conservador vencer as eleições gerais, ela irá lançar um exame para avaliar se os tribunais da Sharia na Inglaterra e no País de Gales são compatíveis com os valores britânicos.
Contudo o histórico do governo conservador no quesito de confrontar o Islã tem sido inconsistente, na melhor das hipóteses. Por exemplo, em novembro de 2013 o governo rejeitou uma emenda apresentada pela Cox à Lei de Policiamento e Crime e Comportamento Anti-Social, que protegerá as mulheres ludibriadas a acreditarem que seus casamentos são válidos conforme a lei britânica quando na verdade não são.
Ultimamente os conservadores desqualificaram uma investigação "politicamente incorreta" nas atividades da Irmandade Muçulmana na Grã-Bretanha.
Embora Cox tenha recebido bem o comprometimento de May em investigar os tribunais da Sharia, ela também manifestou preocupação que os políticos irão, mais uma vez, se curvar ao politicamente correto. É importante, escreve ela, que essas investigações "não parem diante do primeiro obstáculo, como, ao que tudo indica, aconteceu com avaliações anteriores, semelhantes, conduzidas pelo governo. Sem poderes de notificar testemunhas, qualquer avaliação, independente de quão bem intencionada seja, será mais uma oportunidade perdida".
Cox resumiu a questão da seguinte maneira:
"a resposta do governo será o teste decisivo para determinar até que ponto ele, genuinamente, sustenta o princípio da igualdade diante da lei ou se está tão dominado pelo medo de ofender que continuará permitindo que essas mulheres sofram de tal forma que fariam nossas sufragistas virarem em seus túmulos".
Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque. Ele também é colaborador sênior do European Politics do Grupo de Estudios Estratégicos / Strategic Studies Group sediado em Madri. Siga-o no Facebook e no Twitter.