Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você. Carl Sagan
domingo, 16 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Último mês foi o terceiro Janeiro mais quente desde 1931 e choveu 50% acima do normal
PUB
Por Diogo Pombo
publicado em 11 Fev 2014 - 05:00
publicado em 11 Fev 2014 - 05:00
//
Último mês foi o terceiro Janeiro mais quente desde 1931 e choveu 50% acima do normal
Duas tempestades varreram Portugal. Nem todos os especialistas atribuem este par de temporais às alterações climáticas, embora avisem que estes eventos vão já sendo menos extremos e mais vulgares
Hércules e Stephanie. Os dois varreram Portugal com ventos fortes, agitação marítima intensa e chuva a potes. Os estragos e os prejuízos foram-se repetindo e só no domingo a Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) contou 2780 pedidos de ajuda vindos do litoral norte do Continente. Os especialistas ouvidos pelo i dividiram-se quanto ao papel das alterações climáticas na recente visita de duas tempestades em pouco mais de um mês. No entanto, uma conclusão é unânime: estes fenómenos meteorológicos extremos são e serão cada vez mais frequentes.
A constatação nem é nova e em Portugal até se sabe o que esperar. Durante o Inverno já existem "indicadores" que acautelam para a ocorrência de "precipitações muito intensas e localizadas no tempo e no espaço", diz João Andrade dos Santos. O investigador da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) desenhou o cenário e salientou que, nesta época invernal, "o que tem sido um pouco anómalo é o nível da intensidade do vento e da agitação marítima".
Em Janeiro, a precipitação em Portugal continental esteve "50% acima dos níveis normais" e a média da temperatura mínima registada "foi de 3 graus acima do normal", revelou Pedro Viterbo, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O clima está a mudar. O especialista da UTAD diz porém que estas situações extremas "não podem ser atribuídas a alterações climáticas", pois isso não se pode concluir "apenas num ou dois Invernos". Este tipo de alterações, defende, "tem de ser sempre analisado num período longo: de duas ou três décadas, ou mais".
Será esse o tempo de espera para se explicar o que causou as tempestades Hércules e Stephanie? Talvez, indicou, embora os investigadores já estejam avisados para a possibilidade de ocorrência mais frequente deste tipo de eventos extremos.
Isto porque os "dados e relatórios" do próprio IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas), explicou João Andrade Santos, mostram que "a probabilidade de ocorrência destes eventos extremos será maior no futuro devido ao aquecimento global, à acção humana e aos gases com efeito de estufa".
Filipe Duarte Santos, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tem outra opinião.
A constatação nem é nova e em Portugal até se sabe o que esperar. Durante o Inverno já existem "indicadores" que acautelam para a ocorrência de "precipitações muito intensas e localizadas no tempo e no espaço", diz João Andrade dos Santos. O investigador da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) desenhou o cenário e salientou que, nesta época invernal, "o que tem sido um pouco anómalo é o nível da intensidade do vento e da agitação marítima".
Em Janeiro, a precipitação em Portugal continental esteve "50% acima dos níveis normais" e a média da temperatura mínima registada "foi de 3 graus acima do normal", revelou Pedro Viterbo, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O clima está a mudar. O especialista da UTAD diz porém que estas situações extremas "não podem ser atribuídas a alterações climáticas", pois isso não se pode concluir "apenas num ou dois Invernos". Este tipo de alterações, defende, "tem de ser sempre analisado num período longo: de duas ou três décadas, ou mais".
Será esse o tempo de espera para se explicar o que causou as tempestades Hércules e Stephanie? Talvez, indicou, embora os investigadores já estejam avisados para a possibilidade de ocorrência mais frequente deste tipo de eventos extremos.
Isto porque os "dados e relatórios" do próprio IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas), explicou João Andrade Santos, mostram que "a probabilidade de ocorrência destes eventos extremos será maior no futuro devido ao aquecimento global, à acção humana e aos gases com efeito de estufa".
Filipe Duarte Santos, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tem outra opinião.
P
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Nova lei afegã impede que se faça justiça nos casos de violência contra as mulheres
PÚBLICO
Presidente Karzai e todo o aparelho governativo estão cada vez mais conservadores, denunciam as ONG.
Sahar Gul é uma rapariga afegã que foi forçada a casar-se com um homem mais velho. Depois foi acorrentada numa cave, passou fome e foi chicoteada porque se recusou a trabalhar para a família do marido como prostituta. À luz da lei que o Parlamento do Afeganistão acaba de aprovar, nem o marido nem os sogros serão punidos porque Sahar não pode testemunhar contra eles.
“O que está a acontecer é grotesco”, diz à BBC Manizha Naderi, directora do grupo Women for Afghan Women, organização que defende os direitos humanos, nomeadamente os das mulheres afegãs. “Torna impossível levar à Justiça casos de violência contra as mulheres”, acrescenta.
A legislação, que tem agora que ser assinada pelo Presidente Hamid Karzai, agrava a vulnerabilidade das mulheres num país onde os abusos domésticos são constantes, onde se fazem casamentos forçados e onde as mortes por honra são socialmente aceites. Na prática, silencia as mulheres vítimas de maus tratos e as testemunhas que podem voltar a ser agredidas caso tentem quebrar o ciclo da violência.
“Os assassínios de honra, que são cometidos por pais e irmãos que não aceitam o comportamento das mulheres, vão ficar sem punição. Os casamentos forçados e a venda ou troca de filhas para resolver disputas ou pagar dívidas também deixam de estar ao alcance da lei num país onde a justiça para este tipo de crimes já é rara”, lamenta Naderi.
O marido e os sogros de Sahar – que tem 14 anos e vive agora num abrigo para mulheres – deverão escapar. Como ficará em liberdade o marido de Sitara, que lhe cortou os lábios e o nariz no final do ano passado.
Em muitos países do mundo, a lei impede um dos elementos do casal de prestar testemunho incriminatório contra o outro. Mas os legisladores afegãos levaram esse princípio ao extremo, o que leva a que, diz a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, as mulheres e as raparigas fiquem "completamente desprotegidas”.
A lei altera uma secção do Código Civil chamada Proibição de Interrogar um Indivíduo enquanto Testemunha e proíbe o testemunho das mulheres, das crianças, dos médicos e dos advogados de defesa envolvidos na queixa ou no caso contra o acusado. Assim, nem uma mulher espancada ou mutilada pelo marido, pai, irmão ou sogro, nem o médico que a assistiu poderão testemunhar contra o marido, pai, irmão ou sogro.
A BBC diz que, inicialmente, os legisladores pretendiam aprovar uma versão mais “suave” da lei que dizia que os familiares poderiam não ser obrigados a testemunhar. Mas ambas as câmaras do Parlamento de Cabul optaram por radicalizar o texto, proibindo todos de testemunhar. Ora como no Afeganistão a organização social é feita na família alargada, na prática excluem-se praticamente todas as testemunhas.
Conservadores dominam
A lei está nas mãos de Karzai, que deve decidir se a ratifica ou não.
A lei está nas mãos de Karzai, que deve decidir se a ratifica ou não.
“Vamos pedir ao Presidente que não assine o artigo em causa, vamos pressionar ao máximo”, informa Selay Ghaffar, que dirige um abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica e é membro do grupo Humanitarian Assistance for the Women and Children of Afghanistan.
Em 2009, a pressão das organizações não governamentais (ONG) de defesa dos direitos das mulheres conseguiram que o Presidente alterasse a lei que dizia que o marido tinha direito a ter relações sexuais com a mulher sempre que quisesse, não havendo violação em caso algum. Porém, notam as mesmas ONG, Karzai (e o sistema legislativo) está agora bastante mais conservador e no ano passado o Parlamento impediu a discussão de outra lei relativa às mulheres e à sua participação na vida social e política – previa a criação de quotas para mulheres nos conselhos provinciais. E o ministro da Justiça chegou a propor que se voltasse a legalizar o apedrejamento das adúlteras.
“Os que são contra os direitos das mulheres regressaram em força e estão a ver que existe uma oportunidade para reverterem alguns dos direitos que já tinham sido conseguidos”, nota Heather Barr, investigadora da Human Rights Watch no Afeganistão, fazendo um apelo aos países doadores para travarem esta escalada conservadora que deixa as mulheres vulneráveis. “Desde Maio do ano passado que todos sabiam que esta lei ia ser aprovada mas ninguém falou dela em público.”
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Topsy | AIDS patients dramatic recovery
It’s hard to believe this is the same person. This brave woman from from South Africa allowed cameras to document 90 days of her anti-retroviral treatment for HIV. Meet Selinah in this hugely inspiring video:
Subscrever:
Mensagens (Atom)